Foi divulgada neste final de semana a lista de finalistas da edição 2011 do Prêmio São Paulo de Literatura. Os vencedores nas categorias livro do Ano e autor estreante, serão conhecidos durante a cerimônia de premiação no Museu da Língua Portuguesa, em agosto. Cada um leva R$ 200 mil.

Os concorrentes na categoria livro do ano são os seguintes:
Adriana Lisboa, "Azul-Corvo" (Rocco)
Carola Saavedra, "Paisagem com Dromedário (Companhia das Letras)
Evandro Affonso Ferreira, "Minha Mãe se Matou sem Dizer Adeus" (Record)
Joca Reiners Terron, "Do Fundo do Poço se Vê a Lua" (Companhia das Letras)
Miguel Sanches Neto, "Chá das Cinco com o Vampiro" (Objetiva)
Menalton Braff, "Bolero de Ravel" (Global)
Nelson de Oliveira, "Poeira: Demônios e Maldições" (Língua Geral)
Ronaldo Wrobel, "Traduzindo Hannah" (Record)
Rubens Figueiredo, "Passageiro do Fim do Dia" (Companhia das Letras)
Sérgio Mudado, "Os Negócios Extraordinários de um certo Juca Peralta" (Crisálida)

Na categoria autor estreante, concorrem as seguintes obras:
Andréa del Fuego, "Os Malaquias" (Língua Geral)
Bráulio Mantovani, "[Perácio] – Relato Psicótico" (Leya)
Eduardo Giannetti, "A ilusão da Alma – Biografia de uma Ideia Fixa" (Companhia das Letras)
Gabriela Guimarães Gazzinelli, "Prosa de Papagaio" (Record)
Helio Pólvora, "Inúteis Luas Obscenas" (Casarão do Verbo)
Luis Alberto Brandão, "Manhã do Brasil" (Scipione)
Marcelo Cid, "Os Unicórnios" (7Letras)
Marcelo Ferroni, "Método Prático da Guerrilha" (Companhia das Letras)
Marco Lucchesi, "O Dom do Crime" (Record)
Reni Adriano, "Lugar" (Tinta Negra)

Os finalistas foram selecionados entre 221 romances, sendo 104 de autores não estreantes e 117 de novatos. A premiação é concedida pelo Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura. O anúncio aconteceu durante o IV Festival da Mantiqueira, em São Francisco Xavier.

Em 2010 os vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura foram "A Minha Alma é Irmã de Deus", de Raimundo Carrero, como melhor livro do ano, e "Se Eu Fechar os Olhos Agora", de Edney Silvestre, como melhor obra de autor estreante.

Em 2009 venceram "Galiléia", de Ronaldo Correia de Brito e "A Parede no Escuro", de Altair Martins. Na primeira edição, em 2008, os premiados foram "O Filho Eterno", de Cristóvão Tezza e "A Chave de Casa", da estreante Tatiana Salem Levy.FONTE:Último Segundo,IG.

Prêmio Camões,o maior da Língua Portuguesa

O poeta e romancista português Manuel António Pina foi anunciado na manhã desta quinta-feira (12) vencedor da 23ª edição do Prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa. Apontado por uma comissão julgadora, o autor receberá da Fundação Biblioteca Nacional, instituição vinculada ao Ministério da Cultura e pelo Instituto Camões, de Portugal, o valor de € 100 mil (cem mil euros) - o equivalente a R$ 230 mil.

“O Camões é uma das mais importantes premiações do Brasil e do espaço lusófono, à medida que estimula a integração e uma saudável troca de experiência do nosso país, Portugal e dos demais países de língua portuguesa”, disse Galeno Amorim, presidente da Fundação.

“Esse é um passo fundamental para que o leitor brasileiro conheça um autor tão importante e representativo da literatura portuguesa. Ele, a partir de agora, passa a ser conhecido no Brasil e deve despertar o interesse das editoras e ser publicado no nosso mercado”, completou.

Com cerca de 40 obras publicadas para diversas línguas, Pina foi escolhido por sua "obra complexa que consegue ser também uma lição de literatura para os jovens", explicou Abel Batista, que integrou a comissão julgadora. Apesar de constituída principalmente por poesia e literatura infanto-juvenil, a obra do escritor conta também com peças de teatro e crônicas.

“É a coisa mais inesperada que poderia esperar”, disse o poeta em entrevista ao jornal português Público, em que afirmou sequer imaginar que a atribuição do prêmio foi discutida hoje.

Instituído em 1988 pelos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões é concedido anualmente pela FBN/MinC e pelo Instituto Camões, com o objetivo de estreitar os laços culturais entre países lusófonos, premiando seus escritores mais representativos.

Diferente de outras competições literárias, a escolha de cada vencedor acontece a portas fechadas, durante apenas um dia do ano, sem a existência de concorrentes pré-indicados. O critério utilizado pelo júri é a representatividade do trabalho de cada escritor para a língua e cultura portuguesa.

Entre os brasileiros que já ganharam o prêmio estão João Cabral de Melo Neto (1990, Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1994), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005) e Ferreira Gullar (2010).

A entrega do Prêmio a Manuel António Pina acontecerá ainda este ano, em solenidade a ser agendada em Portugal. Fonte:Jornal Último Segundo.