Na cerimônia de entrega do prêmio - que já distinguiu escritores como Mário Cláudio, Baptista Bastos, Miguel Sousa Tavares e António Lobo Antunes -, coube ao reitor da Universidade Fernando Pessoa, Salvato Trigo, fazer a apresentação do escritor, que já vendeu cerca de um milhão de exemplares do conjunto da sua obra de ficção e ensaio. O mais recente romance do autor, "Fúria divina", foi editado em Outubro passado.
José Rodrigues dos Santos é considerado um dos autores portugueses que mais vendem em Portugal, o que é confirmado, por exemplo, por "Fúria divina", que, em menos de dois meses, vendeu cerca de 150 000 exemplares.
Da obra literária de José Rodrigues dos Santos, o título de maior êxito continua a ser "O codex 632", com 189 000 exemplares vendidos.
"Fúria divina" tem como tema de fundo o radicalismo islâmico e é um "thriller" que acompanha a aventura de Tomás Noronha, um professor da Universidade Nova de Lisboa, perito em criptanálise e línguas antigas.
Em entrevista recente, José Rodrigues dos Santos explicava que foi durante uma viagem ao Paquistão, em 2008, que teve a ideia para "Fúria Divina". "Sabendo que os paquistaneses estavam a 'exportar' a sua tecnologia de armas nucleares para outros países islâmicos e sabendo que os militares paquistaneses apoiavam a Al-Qaeda, desenvolvi a primeira linha de força do romance: e se a Al-Qaeda tiver a bomba atómica? Depois, apercebi-me de que teria de entrar na cabeça de um radical islâmico e pus-me a ler os textos islâmicos. Desenvolveu-se, assim, a segunda linha de força do romance: e se o Islão dos fundamentalistas é o verdadeiro Islão?".
O livro "Codex 632" está nomeado para o prémio literário Impac Dublin, no valor de 100 000 euros.
Fonte:Jornal de Notícias/Portugal.
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