
Estes são os papéis dos escritores, que hoje comemoram o seu dia. De forma profissional ou não, eles são pessoas que dedicam boa parte do tempo às letras, muitas vezes fazendo da escrita algo apaixonante e essencial em suas vidas.
"Tecnicamente, o escritor é uma pessoa que publica livros e tem uma relação direta com o ato de escrever. Porém, ser escritor é muito mais do que isso. Muitos escritores, assim como eu, fazem da literatura sua vida e não conseguem mais viver sem escrever. A grande maioria começa como leitores e acaba fazendo da leitura algo vital", diz o escritor catarinense Cristóvão Tezza, que há vários anos vive no Paraná e tem treze romances publicados.

Outro problema é relativo à publicação dos livros no Brasil. Na opinião do diretor da Editora Instituto Memória, da capital, Anthony Leahy, no País, escritores que não são famosos ou sensacionalistas acabam não tendo espaço ou ocupando as prateleiras mais baixas das livrarias. "Muitas vezes, se o escritor não é conhecido, acaba não sendo nem respondido pelas editoras. No Brasil, elas têm mais preocupação com as oportunidades mercadológicas do que com a construção de uma identidade cultural nacional".
O escritor e jornalista Ernani Buchmann - que é catarinense, mas mora há 51 anos em Curitiba, tendo nove obras lançadas -também atribui as dificuldades de lançamento ao fato de ainda existir um número pequeno de editoras no Brasil. "O tempo de análise das obras costuma ser longo, pois as editoras recebem muitas e têm dificuldades para responder aos autores. Quando há o lançamento, também ocorrem problemas com a distribuição. Isto faz com que muitas obras fiquem "encalhadas' e não cheguem ao grande público", declara.
No Paraná, a realidade é a mesma do restante do Brasil. O jornalista e escritor Dante Mendonça, que acaba de ser eleito para ocupar a cadeira de número 1 da Academia Paranaense de Letras e tem sete livros lançados, diz que o Estado ainda tem o agravante de ter poucas livrarias localizadas em cidades do interior. "Acredito que os curitibanos leem mais do que o restante dos paranaenses, pois têm mais acesso aos livros. No Estado, faltam boas editoras e os problemas relativos à distribuição também são visíveis".
Dante também critica o fato de os escritores locais não serem valorizados dentro do Estado. "A produção do Paraná é muito boa e o Estado tem escritores de peso importante inclusive na literatura nacional. Porém, muitos não são valorizados, inclusive pelos órgãos governamentais". Como exemplo da desvalorização, Dante comenta que nunca vendeu um único livro para a prefeitura de Curitiba ou para o governo do Estado. "O mais triste disso é que tenho livros que tratam de Curitiba e do Paraná".
Internet

"Confesso que tenho dificuldades em ler um livro na tela do computador, mas as novas gerações já são mais acostumadas com isso. Hoje, a internet tem espaços literários de grande importância. Além disso, são muitas as revistas e jornais digitais que contribuem com o hábito da leitura", declara.
Fonte:Cintia Végas,In ParanáOnline
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